Líder quilombola sofre parada cardíaca no momento da morte da mãe e morre 11h depois em MT

  • 04/12/2024
(Foto: Reprodução)
Pai de santo e mestre da cultura, Nezinho estava internado com alguns problemas de saúde. Ele era reconhecido por sua liderança espiritual e comunitária. Mestre Nezinho era reconhecido por sua liderança espiritual e comunitária. José Medeiros Sizenando Carmo Santos, conhecido como Mestre Nezinho, pai de santo e líder quilombola, morreu aos 65 anos, na madrugada desta quarta-feira (4), no Pronto-Socorro de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Ele faleceu poucas horas após a morte da mãe, de 91 anos, que lutava contra pneumonia e problemas cardíacos. De acordo com a família, Nezinho e a mãe foram hospitalizados com apenas um dia de diferença, em novembro. Na terça-feira (3), quando a mãe faleceu, Nezinho sofreu uma parada cardíaca e foi levado para o box de emergência, mas não resistiu e morreu poucas horas depois. Ele estava internado devido a uma gastrite severa e ocorreu ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Mestre Nezinho será velado na casa dele, no período da tarde desta quarta-feira (4). Já a mãe foi velada na manhã desta quarta. Mestre Nezinho e a mãe Arquivo Pessoal LEIA MAIS: Aeroporto Marechal Rondon em MT é autorizado a operar voos internacionais UFR mantém 15% de bônus nota do Enem para candidatos que cursaram ensino médio em MT Resistência e luta contra o preconceito Nezinho era reconhecido por sua liderança espiritual e comunitária. José Medeiros Homossexual e dono de terreiro tombado como Patrimônio Histórico e Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Mestre Nezinho nasceu em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km da capital e era o 7° de oito irmãos. A partir de edital da Lei Aldir Blanc em Mato Grosso, tornou-se Mestre da Cultura. Representou o Coletivo Pequena África Pantaneira e era conhecido pelas técnicas de benzimento e banhos com ervas. Era herdeiro da festa ao santo negro e morou no Sítio São Benedito. De acordo com a irmã, Nezinho era reconhecido por sua liderança espiritual e comunitária. Ele é bisneto de Marcelino Paes de Barros, fundador do Quilombo de Mata Cavalo de Cima. “Ele sempre recebeu todas as pessoas no quintal cultural dele e por trabalhar e ser o Pai de Santo que assumiu sua sexualidade e rompeu fronteiras, fez a diferença dentro do Quilombo de Mata Cavalo de Cima. Meu irmão é resistência, luta, trabalhava braçalmente na roça e não media esforços”, lembra.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2024/12/04/lider-quilombola-sofre-parada-cardiaca-no-momento-da-morte-da-mae-e-morre-11h-depois-em-mt.ghtml


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