Criança autista arrastada: psicóloga e fisioterapeuta pagaram fiança de R$ 3 mil e foram liberadas
22/05/2025
(Foto: Reprodução) Menino de 8 anos foi arrastado pelos braços e pés após fugir de clínica especializada no DF. Funcionárias foram presas pela PM após denúncia da família da criança. Criança autista é arrastada por funcionários após fugir de clínica especializada no DF
Uma criança autista de 8 anos foi arrastada pelo braço por funcionários de uma clínica especializada, nesta quarta-feira (21), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília.
Durante um atendimento, o menino fugiu da clínica e atravessou as pistas em frente ao prédio. Depois que localizaram a criança, as funcionárias levaram ele a força de volta para a clínica.
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Duas funcionárias da clínica suspeitas de arrastarem a criança — uma psicóloga e uma fisioterapeuta — foram levadas pela Polícia Militar para a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Elas pagaram R$ 3 mil cada em fiança para serem liberadas, segundo a Polícia Civil.
Imagens de câmera de segurança do prédio filmaram parte das agressões (veja vídeo acima). As imagens mostram duas funcionárias levando a criança para dentro do prédio. O menino parece resistir, e outros dois funcionários se aproximaram. Uma das mulheres pegou o menino pelas pernas e o arrastou por metros no chão.
A TV Globo entrou em contato com a clínica, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Revolta
Criança autista é arrastada por funcionários de clínica especializada no DF
Reprodução
De acordo com a mãe de Pedro, Heloísa Cervo, o filho foi diagnosticado com espectro autista aos 3 anos. Ela conta que o menino faz tratamento há mais de 2 anos na clínica. A mãe afirma que foi avisada sobre o que aconteceu por uma amiga.
"Eu perdi a fala e gelei. Eles só pararam porque a mulher interveio. Ela abraçou ele, conteve ele, com carinho e conseguiram colocar ele para dentro da clínica. É inimaginável. Ele parece um saco de lixo sendo puxado", conta Heloísa.
Outra família ouvida pela TV Globo relata que também não teve uma boa experiência com a clínica. O caso foi em fevereiro deste ano.
"Meu filho estava rodopiando e eu fiquei observando se elas iam fazer alguma coisa, mas ele não faziam nada. Uma empurrava para a outra, e ele continuou rodopiando e ninguém dava atenção", conta Diana Alves.
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